05/11/2008
NADAR é destaque na Folha de Londrina - Projeto Body Vive
Toda última quinta-feira do mês é Dia da Praça no Parque Guanabara, na Zona Sul de Londrina. Liderados pela educadora física Iracelis Gonçalves, centenas de moradores participam de atividades físicas e, ao final dos exercícios, recolhem a sujeira deixada pelos usuários na Praça Tiradentes. Depois de aferir a pressão arterial e checar o peso, os participantes do projeto Body Vive se preparam fisicamente para encher sacos plásticos ''com tudo o que não pertence à natureza'', como indicou Iracelis.Segundo ela, o projeto nasceu em fevereiro deste ano, a partir de uma iniciativa da própria educadora, que é dona de uma academia no bairro. Ela buscou a parceria de uma farmácia e um supermercado para reunir os idosos carentes que precisavam fazer atividades físicas, mas não tinham condições financeiras de arcar com os custos de uma academia.''No início, o trabalho era filantrópico, com arrecadação de alimentos e fraldas para o asilo e a creche'', lembrou Iracelis, que ao perceber que a comunidade vivia apenas da aposentadoria, resolveu criar o projeto, o qual oferece a regularidade de aulas de ginástica recomendada pelos médicos do posto de saúde local. ''Entramos em contato com o posto para fazer a lista dos moradores'', recordou a educadora física, que além da terceira idade, atende sedentários com mais de 40 anos.Mas não é só no Dia da Praça que os moradores se reúnem. No pátio de um supermercado localizado na Rua Madre Leônia Milito, 230 alunos participam das aulas de ginástica que acontecem todas as terças e quintas, a partir das 8h30, e têm duração de uma hora. Nestes dias, acontece a verificação da pressão e a distribuição dos medicamentos para os pacientes diabéticos e hipertensos.''Assim desafogamos o posto de saúde'', disse Iracelis, ressaltando que além das comunidades do Parque Guanabara e Jardim Claudia, um idoso da região dos Cinco Conjuntos (Zona Norte) e outro da Rua Rio de Janeiro (Centro) frequentam as aulas. ''De resto, todo mundo vem à pé.''Conforme a educadora, todos os participantes do Body Vive são cadastrados e contam com carteirinha de presença e camiseta com logo do projeto. ''Para participar é preciso se inscrever. Com a carteirinha controlamos as presenças nas aulas'', assinalou Iracelis, que pretende pintar os bancos da praça no final de novembro e enfeitar o local com flores com a ajuda do grupo.Frequentadora assídua desde a primeira aula, a advogada aposentada Rose Daher não gostava de fazer ginástica antes de participar do Body Vive. ''� bom para a saúde, para a mente e para fazer amizades'', opinou a aposentada, que adora dançar. ''Também gosto do tai chi, quando entro em contato com a natureza e peço benção a quem eu amo e até para quem eu não amo'', brincou.Companheira de exercício de Rose, a dona de casa Gesnida Rodrigues acha tudo ''muito gostoso''. ''�s vezes não faço o exercício bem feito, mas pelo menos faço'', comentou Gesnida, que também participa de outro grupo de idosos que se exercitam no bairro todas as segundas-feiras. ''Acho muito legal. No prédio onde moro ninguém conversa, aqui sim.''Mariana GuerinReportagem Local
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